quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

::. Autor fala sobre sua obra .::



Diante da situação da saúde pública no Brasil, Fred Ozanan diz que o quadro não pode ser considerado irreversível, vê uma remota possibilidade de cura só que o tratamento é doloroso e muita gente não teria como obedecer fielmente a receita...principalmente a Receita Federal! (risos). “Só lamento que a política venha tirando do mercado inúmeros médicos competentes que de repente são transformados em políticos inoperantes”. Vejo a medicina como instrumento de vida. A Saúde deve ser prioridade em qualquer situação. Infelizmente no Brasil o que vemos é desvio de finalidades.
É o desmando. É escândalo em cima de escândalo o que demonstra um quadro de fragilidade que fortalece a atuação inescrupulosa de alguns detentores do poder. Lamentavelmente,  é a política a serviço da corrupção utilizando a saúde como escudo de legalidade.

Perguntado como se é possível fazer rir da dor, Fred afirma que o cartunista deve ser impassível, o equilíbrio emocional e o conhecimento da conjuntura podem definir o caminho do humor. O cartunista deve possuir uma bagagem de informação que possa montar elementos distintos que convergem para um mesmo objetivo. Aí é gargalhada certa! 

Fred alerta no sentido de que fazer humor é uma coisa, ser grosseiro, pejorativo, desrespeitoso e desumano é outro completamente diferente. Afirma que faz humor pelo humor. Descarta o humor rancoroso, discriminatório, revanchista ou de ordem estritamente pessoal.

Para Fred o cartum contemporâneo se constitui numa das mais populares e ricas formas de expressão da cultura de massa. Historicamente a charge, como elemento da comunicação, tem desafiado, fascinado, influenciado artistas e assumido um papel de notável importância na formação de leitores não apenas no Brasil como em todo o mundo.  A liberdade de expressão no Brasil em muito se deve ao trabalho de chargistas que em plena ditadura militar ousaram, inovaram, promoveram valores culturais e entraram no imaginário de várias gerações. “Considero arriscado se brincar com a liberdade e dar as costas para a história.” disse.

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