domingo, 8 de agosto de 2010

ROTA DO CANGAÇO

Placa indicativa marca o local da execução de Lampião, Maria Bonita, Luiz Pedro, Quinta-Feira, Elétrico, Mergulhão, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela.  Dia 28 de julho de 1938 marca o começo do fim de uma era, a derrocada do cangaço no Nordeste. Muito se fala, pouco se viu, o fato é que de herói ou bandido, ficou o mito e um nome que marcou época.  Para quem aprecia história, gosta do turismo cultural taí uma boa opção.  Procure informações na cidade de Piranhas, Alagoas (com Jairo que além de guia turístico conhece  a história como poucos) no Museu do Cangaço. É um passeio imperdível! (Foto Fred Ozanan)

 Este é o ângulo da gruta onde estavam os cangaceiros, visto do leito do riacho, exatamente da pedra, que segundo dizem os historiadores, partiu o primeiro tiro da volante comandada pelo Tenente João Bezerra. (foto Fred Ozanan)
Esta é a visão que tinha a volante do esconderijo dos cangaceiros na parte alta do local. Os cangaceiros ainda dormiam nesta área e segundo registros históricos, Lampião e Maria Bonita estavam deitados junto a esta gruta. (Foto Fred Ozanan)

Caatinga fechada, esta é a imagem mais apropriada que serve de cenário nas trilhas que nos levam ao local da execução de Vigulino Ferreira da Silva, o Lampião. Localizada na região conhecida como Porto da Folha, popularizada Angicos (Sergipe).  A trilha começa às margens do Rio São Francisco,  lado de Sergipe (a outra margem é Alagoas) adentra a mata com predominância de macambiras e o riacho se localiza alguns quilômetros após a subida do morro que vemos na parte superior da imagem. Esta foto foi captada em maio/2009 por Fred Ozanan.
Atiçado pela curiosidade, voltei ao mesmo local no dia 28 de julho de 2010, uma terça-feira, o tempo estava frio, chovia bastante na região e a visão do local já era outro. A vegetação estava muito verde e a mata bem mais fechada. Um fato que me chamou a atenção é que o riacho, cujo leito foi executado Lampião, não há mais volume de água corrente. (Foto Fred Ozanan/julho de 2009)




















O meu ponto de partida foi a bonita cidade de Piranhas, Alagoas, exato local de onde saiu a força (volante) em busca de Lampião, descendo de barco o Rio São Francisco. Esta cidade por sua arquitetura, hospitalidade e tradição histórica merece fazer parte do roteiro de quem aprecia um turismo tranquilo e de qualidade cultural. É pura história. É tradição que sobrevive!


Este é um ensaio fotográfico que fiz durante as minhas passagens por Piranhas. As pequenas coisas vicenciadas em cada viagem nos reservam novas descobertas.  Na cidade ou em seus arredores o que não falta é beleza natural. O Rio São Francisco é simplesmente deslumbrante e um passeio de barco por suas águas límpidas é indescritível... e olhem que não fui fazer turismo, fui com a equipe da Cover Comunicação trabalhar com o projeto cenográfico do Forrograço! 


DIGO E PROVO: Esta é o meu instante "lampiônico" captado em um painel existente numa área anexa ao Museu do Cangaço que guarda preciosas relíquias de documentos, peças, utensílios e roupas da época.

Um comentário:

  1. Parece que temos a cultura de enaltecer mais os bandidos que os da lei. Quase ninguém fala ou ouve falar no Tenente João Bezerra.
    O mesmo ocorre hoje. Ninguém sabe quem prendeu Beiramar, Elias Maluco, Marcola, etc, etc.
    Acho que a "superexposição" dos delinquentes dada pela mídia, termina exercendo um fascínio nos jovens desprovidos de estrutura familiar e de oportunidades.
    Fazer o quê? É uma questão de cultura. Ou não?
    Abraço, Fred. Belas fotos, belos relatos. Apesar de estar a trabalho. Valeu! Parabéns!

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